Mindfulness: Atitudes Fundamentais ao Praticarmos
- Gonçalo Pereira

- Jun 26, 2024
- 2 min read
Updated: Jul 10, 2024

Atitudes fundamentais:
Não-Julgamento: Trata-se de notar a tendência da mente para fazer julgamentos, avaliações e/ou categorizações, compreendendo como a perceção da realidade é condicionada por estas. Estar ciente do fluxo da mente, mas adotar uma postura imparcial.
Aceitação: Abandonar o controlo e reconhecer as coisas como elas realmente são no presente, com clareza, sem as tentar alterar.
Mente de Principiante: Cultivar uma disposição para ver as coisas como se fosse a primeira vez, sem obstáculos criados por preconceitos ou crenças prévias.
Desapego/Deixar ir: Abrir mão do apego às experiências – deixar as coisas acontecer e ser simplesmente um observador. Tentar intencionalmente deixar de lado a tendência para elevar alguns aspetos da nossa experiência e rejeitar outros.
Não esforço/Não lutar: Apenas SER. Sem expectativas, sem controlo. Não se trata de não ter objetivos ou não ter intenção no que se faz. Pelo contrário, significa ser intencional nas ações e deixar as consequências naturais emergir.
Confiança: Acreditar na intuição, com a liberdade para cometer “erros” pelo caminho. Confiar é também reconhecer que não controlarmos tudo na nossa vida.
Paciência: Compreender que por vezes as coisas devem desenrolar-se ao seu próprio ritmo/tempo. Estar completamente aberta/o a cada momento, aceitando a sua plenitude.
Generosidade: Doar o nosso tempo, energia e atenção aos outros. Simultaneamente, praticar a autocompaixão.
Gratidão: Expressar apreço e reconhecimento pelo momento presente. Apreciar cada pequeno detalhe com plenitude. Manter um sentimento de maravilhamento pela vida.
Mindfulness: Mitos que importa clarificar
“Tento meditar e falho sempre, começo sempre a pensar noutras coisas”
O objetivo da prática de mindfulness não é não pensar, é sim observar esses pensamentos (e outras experiências internas, como as emoções) e, de forma consciente, voltar ao momento presente.

“Quando medito não relaxo nada, devo estar a fazer alguma coisa errada”
Muitas vezes acabamos por relaxar com as práticas de mindfulness, mas este não é o propósito. Trata-se de observar os pensamentos, emoções e sensações que surgem, sejam elas quais forem, e deixá-los ir, como folhas num rio.
“Medito às vezes, mas não devo fazer bem, fico logo aborrecido e paro”
O aborrecimento é uma sensação que pode surgir, isto pode constituir uma ótima oportunidade para o observar, de forma consciente, e voltar a focarmo-nos na respiração.

Sentando-se numa posição confortável, com as costas direitas e os pés bem assentes no chão. Feche os olhos e traga a sua consciência para a respiração, notando a sensação de inspirar profundamente pelo nariz e expirar pela boca.

Sinta a paz e permita que esta se expanda para o resto do seu corpo. Deixe emergir quaisquer sensações corporais, sentimentos ou pensamentos, reconhecendo a sua presença sem a necessidade de os alterar. É normal que a sua mente divague e se distraia com pensamentos. O importante é que seja capaz de identificar sempre que isso acontecer, focando-se novamente na respiração

Tente ampliar a atenção da respiração para o resto do corpo, tendo este como um todo. Expanda a consciência e note simultaneamente a respiração e o próprio corpo. Quando se sentir pronto/a, abra os olhos e traga a atenção de volta para o mundo externo.
Não pode parar as ondas, mas pode aprender a surfar.
QUOTE DE KABAT-ZINN



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