Terapia Cognitivo-Comportamental – O que é e como pode ajudar?
- Maria Matos

- Jun 26, 2024
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Estado da Arte:
Surge na década de 60 através dos trabalhos do psiquiatra Aaron Beck, que compreendeu que certas dificuldades emocionais surgiam devido a determinados padrões de pensamento. Atualmente e, simplificando, a TCC clássica considera que os pensamentos têm impacto nos comportamentos e emoções.
Interpretação negativa da situação (Pensamento negativo) 🡪 Conduz a um estado emocional negativo e a comportamentos consonantes com esses pensamentos.
Como tal, nas sessões de psicoterapia baseadas neste modelo, por um lado, são trabalhadas as cognições - examinar o que pensamos - e, por outro, os comportamentos - o que fazemos.
É uma forma psicoeducacional de terapia:
Ensina o/a paciente a ser o seu próprio/a terapeuta;
Requer uma relação terapêutica segura, impulsionadora da mudança;
Enfatiza a participação ativa do/a paciente no processo;
Proporciona compreensão empática e validação emocional;
Inclui racional sobre o funcionamento da mente e função evolucionária das emoções.
Eficácia: A TCC é uma das formas de psicoterapia com maior evidência empírica, tendo sido comprovada a eficácia no tratamento de diversas perturbações mentais, nomeadamente, perturbações emocionais (e.g., ansiedade, depressão), perturbações do comportamento alimentar, insónia, POC, perturbação de pânico, PTSD e abuso de substâncias.
Trabalha processos cognitivos, emoções e comportamentos – assim como a relação entre estes 3 elementos. Procura identificar:
Fatores predisponentes (vulnerabilidades cognitivas adquiridas ao longo do desenvolvimento)
Fatores precipitantes (acontecimentos “trigger”/desencadeadores)
Fatores de manutenção do problema (alvos de mudança).
Foca-se inicialmente nas dificuldades atuais, mas pressupõe que há vulnerabilidades cognitivas que têm de ser trabalhadas para alcançar a mudança comportamental.
Com base numa compreensão partilhada do problema (esquema personalizado do/a paciente), é estabelecido um protocolo terapêutico único e adaptado às suas dificuldades.
Objetivos:
Identificar e modificar padrões de pensamento disfuncionais, promovendo mudanças positivas no comportamento.
Orientar a aprendizagem de estratégias alternativas de regulação emocional, mais funcionais e adaptativas do que as habitualmente utilizadas.
Promover autonomia e capacitar para a tomada de decisões consciente e alinhada com os valores pessoais.



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